Baio

Puxar carroça. Esse era o destino do nosso querido Baio. O conhecemos ainda filhote, quando ainda era uma “propriedade” de um dos vizinhos do santuário. Pelo contato visual na cerca fomos nos afeiçoando a ele, mas recebemos a notícia que seu destino era ser castrado no facão para ser domado e servir a uma vida de trabalhos forçados. Saber de seu destino foi nos gerando um grande desconforto que, com o passar do tempo, se tornou insuportável.

Diante desse tamanho absurdo, nos mobilizamos e felizmente conseguimos resgatá-lo. Hoje Baio vive num grande terreno em companhia da burrinha Jurema.

Por ser livre, Baio é daqueles cavalos mais ariscos, e sempre buscamos respeitar suas reações e sentimentos ante a presença humana. Mas é só chegar com um balde de suas comidas preferidas que ele vem correndo comer na nossa mão. Comer na mão de um humano requer muita confiança, e que bom que conseguimos conquistar isso nele.

Diante de qualquer movimento mais brusco ele já sai correndo, por isso a gente tem todo o cuidado do mundo nesses momentos. Dar a ele a sensação de confiança e segurança nos proporciona tanta alegria que às vezes nos dá vontade de ficar ali em conexão com ele pra sempre.